Envolta em espinhos
afiados
entre folhas-serra
viçosas
a seda se dá
em pétalas
eis a rosa
sob o olhar
Seu sedoso carmim
atrai as mãos
que paralisam
os pés
que retrocedem
frente aos serrotes
verdejantes
às pontiagudas
lanças
das distâncias próximas
Como não ousar
tocar sem
se ferir?
Mas o movimento
estanca
o fluxo
congela
o contato
suspenso
Quando então
o risco
arriscado
a chance
oportuna
de apanhar
a rosa?
AGORA